terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mudar de vida

Com grande frequência, somos alertados para os problemas financeiros que Portugal atravessa, nomeadamente em relação ao Estado, ao seu défice e à sua dívida, cujos principais indicadores nos são fornecidos pelo Eurostat.
O défice público português em 2009 em relação ao PIB foi de -9.3%, enquanto a média do EUR27 foi de -6.8%; piores do que Portugal foram os desempenhos orçamentais da Grécia, Irlanda, Reino Unido, Espanha e Letónia.
A dívida pública portuguesa em 2009 em relação ao PIB atingiu 76.8%, enquanto a média do EUR27 foi de 71.4%; piores do que Portugal são as dívidas públicas da Itália, Grécia, Bélgica, Hungria e França.
Estes números mostram que, embora não seja única no contexto europeu, a situação portuguesa é complexa. Por isso, alguns entendidos prevêem a necessidade de ajuda internacional, enquanto outros dizem exactamente o contrário.
O que é evidente é que, a nossa fraca taxa de crescimento económico, não suporta as taxas de juro que nos estão a ser cobradas e, qualquer dia, a receita pública não será suficiente para pagar amortizações e juros. Nestas condições, todos os dias nos continuamos a afundar.
Com ou sem ajuda internacional, só nos resta uma saída: mudar de vida.
Mas, para isso, são precisas boas práticas e bons exemplos mas, lamentavelmente, umas e outros são muito raros.

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