segunda-feira, 14 de março de 2011

Sempre a somar!

Apresento hoje o 8º cromo da minha colecção - um verdadeiro meteoro na sua ascensão política e, sobretudo, na rapidez com que acumulou riqueza.
Andou no seminário, mas não era essa a sua vocação. Por isso veio da serra para a cidade, entrou na política, tornou-se um barão no seu partido e, com 36 anos de idade, chegou a ministro.
Esteve 8 anos no governo. Viu muita coisa. Aprendeu. Deslumbrou-se. Em 1995 deixou de ser ministro e, mais tarde, declarou que "quando saí da política não tinha dinheiro nenhum", mas em 1991 já tinha comprado e remodelado uma vivenda no Estoril, por 150 mil contos. A origem do dinheiro para a compra e obras foi então questionada pelo jornal "Expresso". Como poderia um modesto vencimento de governante e de advogado em part-time suportar tamanho luxo?
Não procurou emprego nas páginas de anúncios, nem mandou currículos para as empresas. Os amigos arranjaram-lhe emprego. Chegou rapidamente à SLN e ao BPN. Aquilo é que foi festa. Sempre a somar!
Seis anos depois, só com os negócios do BPN, parece que tinha ganho 8 milhões de euros. Estava rico e poderoso. Influente. Aquele carro... Continuou com os negócios e internacionalizou-os em Porto Rico e Marrocos. O deslumbramento continuou. Foi somando. Quando o barco do BPN começou a meter água, foi um dos primeiros a abandoná-lo, reconhecendo que, desde que deixou o governo, tinha ganho muito dinheiro.
Tinha sido deputado em 5 legislaturas e membro do Conselho de Estado, mas foi o BPN que o fez assim…
Agora pagamos nós os milhões que os abutres e os trafulhas comeram no BPN, mas o cromo está de férias em Cabo Verde.

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