quinta-feira, 5 de maio de 2011

A espantosa tecnologia

No dia 1 de junho de 2009 desapareceu no oceano Atlântico, com 228 pessoas a bordo, um Airbus que fazia o voo AF 447 entre o Rio de Janeiro e Paris.
O desaparecimento do avião esteve envolto em algum mistério, até que foram descobertos alguns corpos e alguns dos seus destroços. Apesar de ter ficado confirmada a catástrofe, as autoridades francesas e brasileiras não desistiram de procurar o esclarecimento sobre o que se passara. A busca das famosas caixas negras passou a ser o objectivo de todas as operações que a partir de então se desenvolveram para compreender a origem da catástrofe. Foi longa e persistente a busca. O tema desapareceu dos jornais. A opinião pública esqueceu o assunto.
Até que, finalmente, nos princípios de Abril de 2011 foram localizados com precisão os destroços do avião, identificadas as partes da fuselagem e encontrados os corpos de alguns passageiros. Após cerca de 23 meses submersas a cerca de 4 mil metros de profundidade, as duas caixas negras foram localizadas e recuperadas por um ROV (Remotely Operated Vehicle), operando a partir de um navio francês. As buscas dos destroços do AF 447 e a recuperação das caixas negras terão custado cerca de 35 milhões de euros aos cofres franceses, mas é uma vitória da tecnologia e da persistência.
A tecnologia do ROV não é recente, está disponível em Portugal e em 1991 localizou o navio Bolama, afundado a 116 metros de profundidade nas proximidades da barra de Lisboa. Porém, no caso do AF 447 eram 4 mil metros de profundidade em local incerto do oceano Atlântico. Como é espantosa a tecnologia!

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