sábado, 20 de agosto de 2011

Sacrifícios desigualmente repartidos

Guimarães vai ser, no próximo ano de 2012, a Capital Europeia da Cultura, depois de anteriormente terem sido contempladas com essa escolha as cidades de Lisboa (em 1994) e do Porto (em 2001).
A Capital Europeia da Cultura é uma iniciativa da União Europeia que tem por objectivo a promoção de uma cidade europeia durante um ano, dando-lhe a possibilidade de mostrar a sua vida e desenvolvimento culturais, permitindo dessa forma um melhor conhecimento mútuo entre os cidadãos da União Europeia.
A primeira versão do Programa “Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura” já foi anunciada e enquadra-se em quatro áreas: Cidade, Comunidade, Pensamento e Arte, que abrange as vertentes Música, Artes Performativas, Arte e Arquitectura e Cinema e Audiovisual.
Porém, em 2010 rebentou uma polémica em torno das remunerações do Conselho de Administração da Fundação da Cidade de Guimarães, a entidade responsável pela programação do evento, que foram consideradas (e eram) exorbitantes e escandalosas. Daí resultou a constituição de uma nova equipa administrativa, que se disse ser resultante de escolhas cirúrgicas assentes em pessoas com provas dadas nas áreas que irão tutelar, a qual tem como presidente um antigo assessor e ex-chefe da Casa Civil do antigo Presidente da República Jorge Sampaio.
Entretanto, consta que o ex-presidente Jorge Sampaio, para emprestar o seu nome a “Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura”, recebe um salário mensal de 14 mil euros, mais automóvel topo de gama, mais 500 euros por cada reunião em que participar e até telefone celular. Esta notícia (falsa ou verdadeira) corre na internet.
Se a notícia é verdadeira, então é chocante, porque os sacrificios que nos pedem, devem ser repartidos por todos.

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