terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A televisão que (não) merecemos

O conhecimento das audiências é essencial para definir a programação televisiva e para orientar o investimento publicitário, pelo que a sua divulgação é sempre aguardada pelas estações, pelos anunciantes e pelo público.
As audiências de 2011 já são conhecidas. Os 4 canais televisivos generalistas (sinal aberto) tiveram uma quota de mercado de 74,5%, enquanto os canais temáticos (cabo) asseguraram uma quota conjunta de 25,5%, o que significa que num ano os canais generalistas perderam 5% de audiência que foi transferida para os canais temáticos.
Entre os canais generalistas a TVI manteve a liderança das audiências apesar da sua quota ter passado de 27,5% para 25,7%; a SIC passou o seu share médio de 23,4% para 22,7% e tornou-se o segundo canal nacional; a RTP1 baixou o seu share de 24,2% para 21,6%, enquanto a RTP2 passou a sua audiência de 5,3% para 4,5%.
Todos os canais generalistas baixaram as suas audiências, mas foi a RTP que teve a maior queda, passando do segundo para a terceira posição no ranking das audiências televisivas. Este resultado é um desastre empresarial e revela a enorme mediocridade daquela gente toda.
Sabendo-se que a RTP recebe muitos milhões de euros de indemnizações compensatórias – um milhão de euros por dia – o que lhe permite pagar salários milionários àquela gente, conforme tantas vezes tem sido revelado na Imprensa, era de esperar uma programação de qualidade que atraisse audiências. Que formasse e informasse. Afinal, a RTP e aquela gente – catarinas, mendes, silvias, malatos, baiões e outros figurões – não estão à altura do esforço dos contribuintes. Talvez porque ganhem demais. Talvez porque se auto-convenceram. Talvez porque não prestem.
É a televisão que (não) merecemos.

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