quinta-feira, 8 de março de 2012

O Brasil optimista e feliz

O Brasil parece ser o país mais optimista do mundo ao liderar pela quarta vez consecutiva o ranking do Índice de Felicidade Futura (IFF), feito pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, a partir de dados recolhidos em 158 países.
No entanto, essa conclusão não tem qualquer rigor científico e só pode ser simbólica, pois os conceitos de felicidade e de optimismo utilizados não são esclarecidos nem são claros, nem tão pouco são definidos os critérios utilizados para prever a felicidade futura nos países. É, apenas, um ranking curioso.
O estudo assenta na comparação entre a felicidade presente (em que o Brasil ocupa a 23ª posição) e a felicidade esperada para 2015 em que o Brasil surge na 1ª posição. Ora o Brasil passa por uma fase muito entusiástica da sua existência com a próxima realização do Mundial de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, além de que os brasileiros são naturalmente optimistas, olham a vida de uma forma positiva, acham que a vida vai melhorar e isso é reflectido no seu estado de espírito.
Assim, é com simpatia que o mundo lusófono olha para este ranking que é liderado pelo Brasil, no qual os Estados Unidos ocupam a 14ª posição, a Irlanda a 16ª, o Reino Unido a 26ª, a Itália a 56ª, a Alemanha a 62ª, a Grécia a 145ª e Portugal, imagine-se, a 146ª.
O ranking vale pouco e não é para ser levado a sério, mas é agradável ver o Brasil optimista e feliz lá na frente. Quando se vive sob a ameaça de um contágio financeiro vindo do Mediterrâneo Oriental, era bem mais desejável que houvesse um contágio optimista e feliz a chegar-nos do Atlântico Sul.

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