sábado, 28 de abril de 2012

Uma ilha com muitos Bispos

Lajes do Pico. Na rua Capitão-mor Garcia Gonçalves Madruga, a principal artéria da vila das Lajes do Pico, encontra-se uma placa de azulejos que assinala que nessa casa nasceu D. João Paulino de Azevedo e Castro que, entre 1902 e 1918, foi o bispo da diocese de Macau, que então abrangia a ilha de Timor. Essa placa foi descerrada em 2003 por D. Carlos Ximenes Belo, o primeiro bispo natural de Timor, sendo essa visita de um Prémio Nobel à ilha do Pico ainda muito recordada e um motivo local de grande orgulho. No século passado houve cinco bispos naturais da ilha do Pico que governaram dioceses no Oriente, tendo três deles exercido autoridade eclesiástica sobre Timor. Para além de D. João Paulino de Azevedo e Castro, foi D. José da Costa Nunes que lhe sucedeu como bispo de Macau (1920-1940) e que depois foi Arcebispo de Goa e Damão e Patriarca das Índias Orientais (1940-1953), atingindo o cardinalato em 1962. Outro bispo picoense foi D. José Vieira Alvernaz que foi bispo de Cochim (1941-1953) e depois Arcebispo de Goa e Damão e Patriarca das Índias Orientais (1953-1962). D. Jaime Garcia Goulart foi o primeiro bispo da diocese de Díli (1940-1967) e D. Arquimínio Rodrigues da Costa foi o último bispo de Macau de origem portuguesa (1976-1988). A ilha do Pico tem sido uma ilha com muitos Bispos, sempre vocacionados para servir no Oriente!

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