segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A equidade do passos-gasparismo

O jornal Correio da Manhã anuncia hoje que “Gaspar esconde salários milionários” e que se tem recusado a divulgar os vencimentos auferidos por altos cargos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP, E.P.E., que é a nova designação do antigo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P. Esta entidade foi criada no passado mês de Agosto, tem natureza empresarial, é dotada de autonomia administrativa e financeira e compete-lhe gerir de forma integrada, a tesouraria, o financiamento e a dívida pública directa do Estado.
Segundo o Correio da Manhã, com base na conversão do IGCP em empresa pública, o seu presidente e um vogal passaram a beneficiar de um regime remuneratório de excepção que lhes permite optar pelo salário médio dos últimos três anos. Assim, ambos auferem salários superiores ao do primeiro-ministro e, no caso do presidente do IGCP, o seu rendimento anual rondará os 300 mil euros.
Estes são mais alguns dos privilegiados do passos-gasparismo, isto é, são pessoas que embora desempenhem funções públicas, não abdicam de salários muito elevados nem de grandes mordomias, nem têm cortes de subsídios e, por vezes, nem sequer competência têm. Já havia dessa gente no BdP, na CGD, na RTP e em outras empresas, mas agora até na IGCP. É a equidade gaspariana. Como se vê, a tão falada equidade na repartição de sacrifícios não passa de propaganda.

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