terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Who can save Italy?

A Itália vive uma situação económica e política muito complexa, conforme revela a última edição do The Economist. A terceira maior economia da Zona Euro está em crise e não regista crescimento, nem gera novos empregos, além de ser um dos dois únicos casos em que o PIB per capita caiu depois da adopção da moeda única. O problema da Itália é semelhante ao que se verifica em Portugal, Espanha e Grécia, que perderam competitividade, entraram em recessão e viram aumentar brutalmente o desemprego, enquanto tremem as economias alemã e francesa que também regrediram no quarto trimestre de 2012, “but the worst of them all is Italy”, salienta The Economist. A Itália tem adiado as reformas que os novos tempos determinam. Tem demasiados interesses económicos protegidos “desde os notários aos farmacêuticos, passando pelos taxistas e pelos fornecedores de combustível”, tendo também um aparelho administrativo demasiado pesado, a nível central, provincial, regional e local, que muitas vezes duplicam em vez de substituir as actividades do escalão superior. A justiça é demasiado lenta, o trabalho é fortemente taxado e não há investimento público. As eleições de 24 e 25 de Fevereiro irão eleger os 630 deputados e 315 senadores e o líder do partido mais votado será o primeiro-ministro. Em luta estão uma coligação de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani e uma coligação de centro-direita liderada por Sílvio Berlusconi. O actual primeiro-ministro Mário Monti não tem apoio eleitoral, mas muitos desejam-no para tomar conta da economia num governo liderado por Bersani. O risco de um colapso italiano existe e pode contagiar outros países. Os italianos perguntam: quem pode salvar a Itália? E aqui como vai ser?

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