sábado, 23 de março de 2013

Precisam-se soluções para vencer a crise

A crise que atravessamos é grave e, sobre as suas origens e características, está quase tudo dito. A sua resolução não está a ser bem sucedida e a tentativa de reduzir o défice orçamental e de travar o crescimento da dívida pública, apenas tem conduzido ao brutal aumento do desemprego, à recessão económica, a um forte desânimo popular e à descrença no futuro. Apesar de haver cada vez mais comentadores, há cada vez menos comentários para fazer e o que tem faltado são as soluções. Não se vê rumo na governação e, quanto à terapêutica para vencer a crise, é cada vez mais do mesmo. As nossas dificuldades estão a tornar-se inultrapassáveis. A nossa economia está doente. A procura caiu. Há muitas empresas a encerrar. Os nossos jovens desesperam e emigram, Temos poucos recursos naturais. Temos uma estrutura produtiva deficiente. Produzimos pouco. Gastamos para além do razoável. Poupamos e investimos muito pouco. É um problema muito antigo.
Com o actual nível de juros não é possível pagar a dívida e vencer a crise. Basta um elementar exercício de matemática para tirar essa conclusão. É preciso encontrar um novo rumo e novas soluções. É preciso mais imaginação. É preciso mais investimento, mais emprego e mais crescimento económico. Há dias, Silva Peneda afirmou que a experiência neoliberal fracassou. Antes, Miguel Cadilhe tinha defendido uma renegociação honrada da dívida pública portuguesa, com redução da taxa de juro e do prazo de pagamento do empréstimo da troika. Porém, os nossos jovens e incompetentes governantes continuam cegos e surdos, não ouvindo sequer os seus companheiros de partido mais velhos e mais experientes.
Um graffiti que aparece nas ruas de Lisboa é sugestivo e faz todo o sentido:
No dia em que o povo acordar, o governo não conseguirá dormir

1 comentário:

  1. Estará a humanidade a chegar a um beco sem saída? Não. Qualquer pessoa inteligente consegue inventar soluções para a crise. O problema é que agora os problemas são diferentes e só podem ser resolvidos de maneira diferente. Por exemplo, o livro "O 8º Dia" até consegue propor uma solução para acabar com todos os problemas da humanidade numa perspectiva simultaneamente religiosa e científica em vez da abordagem política habitual. (www.uniorder.org)

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