domingo, 7 de abril de 2013

Como eles gostam de viajar à nossa custa



Entre os dias 15 e 19 de Abril e a convite dos seus homólogos, o primeiro magistrado da nação efectuará visitas oficiais à Colômbia e ao Peru que, por acaso, são os dois maiores produtores mundiais de cocaína. É a sua primeira viagem oficial em 2013 e, sabendo-se que os seus antecessores fizeram muitas mais viagens, ficamos na dúvida se é bom ou mau fazer tão poucas viagens. Para esclarecer essa dúvida, era muito desejável que os contribuintes soubessem quanto custou cada viagem oficial, quem integrou a comitiva e que resultados foram obtidos por cada um dos seus membros, isto é, que houvesse uma avaliação custo/benefício de cada viagem presidencial ou ministerial. Se isso não for feito, então todos podemos pensar que essas viagens não passam de requintadas passeatas que os jornalistas-acompanhantes relatam como se fossem coisa importante para o país. 
Nesta viagem, a comitiva presidencial incluirá vários membros do governo, alguns deputados em representação dos grupos parlamentares da Assembleia da República, uma delegação empresarial com representações dos sectores da banca, eléctricas, tecnológicas, distribuição e construção, entre outros e, naturalmente, muitos jornalistas. Não sei qual o interesse do Chefe do Estado em ser acompanhado por tão alargada e dispendiosa comitiva. Muita gente, demasiada gente. Tudo à grande, tudo à nossa conta e tudo a aprofundar o défice e a dívida. Haverá encontros e recepções, troca de comendas, visitas às câmaras municipais de Bogotá e Lima, algumas inaugurações, a presença em seminários económicos a realizar nas duas capitais e os habituais encontros com a comunidade portuguesa desses países que, em ambos os casos e fora os “correios de droga” que cumprem pena de prisão, não chegarão às duas centenas, isto é, a comitiva presidencial será provavelmente maior do que a comunidade que vai ser visitada. Como eles gostam de viajar à nossa custa!

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