sábado, 11 de maio de 2013

Relançamento da economia e do emprego



À medida que a crise europeia se propaga a mais países e que a terapêutica da austeridade se tem revelado incapaz de outra coisa que não seja o aprofundamento da própria crise, criando mais recessão e mais desemprego, fragilizando a coesão social e lançando milhões de pessoas no desespero, surgem vozes de novos quadrantes a condenar os rumos da austeridade que têm sido adoptados na Europa. Ao discurso do controlo do défice e da redução da dívida, está a suceder o discurso do crescimento económico e do emprego, ao mesmo tempo que se vai formando uma frente anti-austeridade que está a unir a França, a Itália e a Espanha. 
Numa entrevista hoje publicada no Jornal de Notícias, o presidente do BES afirma nunca ter visto uma crise tão destruidora de emprego e de riqueza, o que é natural porque, com a grave situação económica e social por que passamos, o negócio da banca também já não é o que era. Nessa entrevista, aquele banqueiro aponta algumas orientações para o relançamento da economia portuguesa, afirmando que “estas medidas violentíssimas no IRS e no IVA têm que regredir” e que “poderia ter sido evitada a cavalgada do IVA para as empresas de restauração que absorviam muito emprego”, mas referindo também “o desânimo dos empresários” e a necessidade de um “nível fiscal atraente para o capital estrangeiro”. É curiosa esta opinião de um banqueiro, a mostrar que há outros caminhos para o nosso país que vão para além do servilismo dos nossos governantes aos funcionários da troika e aos seus mandantes.

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