quinta-feira, 13 de junho de 2013

A reabilitação urbana é uma urgência



Nas nossas cidades está a verificar-se uma rápida degradação do património devido a um natural processo de envelhecimento, à sobrecarga de usos ou à inadaptação a novos modos de vida, num processo que se tem agravado com a grave crise financeira com que nos confrontamos desde há quatro ou cinco anos. Esta situação afecta a harmonia arquitectónica da cidade e perturba a vida económica e social dos cidadãos, sendo também um desperdício de activos que poderiam estar a gerar rendimento à comunidade. Por isso, a reabilitação é uma necessidade evidente.
A reabilitação urbana é uma actividade muito importante devido ao seu enorme efeito multiplicador na economia e no emprego, mas também ajuda a combater o pessimismo, a desconfiança e a incerteza da comunidade, que aumentam com o convívio quotidiano com a degradação das estruturas urbanas, dos edifícios e do espaço público. Ao atrair actividades e recursos, a reabilitação urbana tem efeitos mobilizadores não só para as indústrias da construção e dos materiais de construção, mas também para o mercado do arrendamento, para o turismo e, de uma forma geral, para o investimento. Assim, nas actuais circunstâncias e como contributo para a saída da crise que atravessamos, a reabilitação urbana terá que ser uma prioridade para o governo, para os municípios, para as empresas e para os cidadãos.
A imagem do que se passa por exemplo em Lisboa, na avenida Fontes Pereira de Melo, em que alguns edifícios em elevado grau de degradação estão ao lado do famoso Hotel Sheraton, ilustra esta realidade e pode adjectivar-se como uma situação esteticamente chocante. 

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