sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O imparável dinamismo chinês


O canal do Panamá tem 82 quilómetros de extensão, faz a ligação entre o oceano Atlântico e o oceano Pacífico e por ele passam, anualmente, cerca de 13 mil navios que correspondem a 4% do comércio mundial. O canal começou a ser construído em 1880 sob a direcção do engenheiro francês Ferdinand de Lesseps, com base na sua própria experiência na construção do canal do Suez, que havia sido concluído em 1869, mas depois de vicissitudes e interrupções diversas, o canal só veio a ser concluído em 1914. É usualmente aceite que, durante a sua construção, terão morrido 5.609 trabalhadores vitimados sobretudo por doenças tropicais. O canal que foi uma maravilha tecnológica no seu tempo e que tem sido modernizado, já não pode corresponder às necessidades actuais. Assim, a China não perdeu tempo e entrou em acção, tendo estudado várias alternativas para a construção de um novo canal na Nicarágua. O novo canal já está escolhido, terá uma extensão de 200 quilómetros e será mais profundo e mais largo do que o canal do Panamá. Segundo informa o diário La Prensa de Manágua, o Congresso nicaraguense acaba de aprovar a concessão da construção do canal a um grupo de Hong Kong e, além do canal, o grupo deverá construir dois portos de águas profundas, um oleaduto, uma linha férrea e um aeroporto internacional, podendo explorar o canal nos próximos cem anos. Tudo para começar em finais de 2014 e para ficar concluído em 2019! As autoridades nicaraguenses acreditam que este projecto irá tirar o país e os seus 6 milhões de habitantes da pobreza e do subdesenvolvimento.

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