segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Às vezes até temos Campeões do Mundo

O Campeonato do Mundo de Canoagem Velocidade 2013 terminou ontem na cidade alemã de Duisburg, tendo registado a participação de 839 atletas oriundos de 75 países. Os canoistas portugueses Emanuel Silva e João Ribeiro sagraram-se campeões do mundo em k2 500 e, dessa forma, asseguraram o primeiro título mundial na história da canoagem portuguesa. Não é a primeira vez que, em Campeonatos do Mundo ou Jogos Olímpicos, os atletas portugueses da canoagem sobem ao pódio, mas foi a primeira vez que ganharam uma medalha de ouro e esse facto justifica todos os elogios de quem tem apreço pelo fenómeno desportivo.
Ser-se campeão do Mundo é um feito desportivo muito raro em Portugal, sobretudo depois das gloriosas jornadas de hóquei em patins que há muito desapareceram da galeria dos nossos feitos desportivos. No futebol temos algum reconhecimento internacional, mas há mais de vinte anos que os nossos futebolistas nada de importante ganham. Noutras modalidades como o atletismo, a vela ou o judo, as nossas esperanças raramente se concretizam. Significa que, em termos desportivos, por razões de ordem muito diversa, não temos grandes feitos para celebrar, ao contrário do que sucede na nossa vizinha Espanha.
Podíamos aproveitar o êxito dos nossos campeões de canoagem para estimular o nosso desporto, mas hoje os nossos jornais desportivos, apesar de darem a notícia da canoagem em primeira página, deram muito mais espaço ao Bruma que vai para o Galatasary, ao Jackson que fica no Porto e ao Markovic que é uma estrela do Benfica. É pena.

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