terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ele (e só ele) vê a luz ao fundo do túnel

O nosso Chefe do Estado inicia hoje uma visita oficial de três dias à Suécia e, segundo relata o jornal Público, “o primeiro encontro com o rei Carlos XVI Gustavo e a rainha Sílvia acontecerá nas cavalariças reais, de onde o chefe de Estado português partirá de coche em cortejo para o Palácio Real, onde se irá realizar a cerimónia oficial de boas-vindas, seguida de um encontro privado entre Cavaco Silva e o rei da Suécia”. Outros jornais referem que a viagem se destina  “a atrair investimento e parcerias”, ou “a exportar vinho e têxteis” ou, ainda, “a vender Portugal na Suécia”, não sendo referidos os banquetes, os discursos e as trocas de comendas. Como habitualmente, a comitiva presidencial é alargada, quase a lembrar uma excursão turística, embora as lições do passado que estão estudadas e são conhecidas não sejam levadas em conta, isto é, este modelo de visitas oficiais são caras e deveriam ser repensadas porque não produzem quaisquer resultados.
Ora, a propósito desta visita, o Chefe do Estado deu uma entrevista a um jornal sueco que o Diário de Notícias hoje reproduz, na qual declara que “Portugal já saiu da recessão e apresenta o maior crescimento da Europa”. Depois, o venerando Chefe do Estado utiliza a sua tese do bom aluno para afirmar que o “povo português tem mostrado um grande sentido de responsabilidade”, pelo que não vê “razão lógica para as obrigações do Estado português atingirem taxas de juro de 7%”. Acrescenta, ainda, que “finalmente começamos a ver uma luz ao fundo do túnel” e que não se compreende a razão porque “os mercados não nos premeiam com taxas de juro mais baixas”. Isto é que é um professor de Economia!

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