sábado, 16 de novembro de 2013

O controlo de gestão previne o abuso

O Jornal de Notícias revelou hoje um caso insólito relativamente a um funcionário da Segurança Social de Lisboa que provocou um prejuízo de mais de 500 mil euros ao Estado. De acordo com a notícia, durante cerca de um ano o referido funcionário efectuou milhares de telefonemas para linhas de valor acrescentado através do telefone fixo do serviço em que trabalhava e lhe estava atribuído. A maioria das chamadas terá sido feita para linhas que dão acesso a sorteio de prémios em dinheiro e outros bens.
Este caso, que não é invulgar, só acontece quando a gestão é incompetente. De facto, estes casos de utilização de bens públicos para fins privados, podem acontecer devido a comportamentos abusivos e são potenciadas em situações em que existem muitas linhas telefónicas e muitos utilizadores, mas também em relação a muitos outros bens, desde o uso de viaturas até ao uso de fotocopiadoras. Para prevenir essas situações, existe o controlo de gestão, isto é, os responsáveis pela gestão têm que analisar regularmente a estrutura de custos da sua organização, ou os respectivos balancetes mensais, para detectar as rubricas que revelem ou possam vir a revelar situações anómalas ou desvios orçamentais. Não é um caso de perseguição pidesca de funcionários, mas um simples caso de prevenção e defesa do erário público. Por isso, no caso reportado pelo Jornal de Notícias não podemos deixar de também apontar o dedo aos responsáveis pela gestão que, por incompetência ou omissão, não viram e deixaram que durante um ano acontecesse o que aconteceu.

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