quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Haja quem mande calar o Barroso e o FMI

Na sua imensa sabedoria o povo diz que “quem muito se abaixa mostra o rabo” e na realidade, muito do que de catastrófico nos está a ser imposto resulta de uma excessiva passividade das nossas autoridades face às exigências dos credores, dos alemães e da troika. As recentes palavras de Barroso e os recados do FMI vão nesse sentido e demonstram o nível de submissão a que nos deixamos chegar. Ouvimos e calamos. Sem reacção. Com cobardia. Ao fim de 30 meses de austeridade e de acentuada degradação da situação económica e social, está à vista o monumental falhanço das políticas impostas pela troika que servilmente têm sido por cá adoptadas, ao mesmo tempo que se acentua a pressão com que nos humilham e que fere a nossa dignidade nacional. Nem a Espanha, nem a Itália, nem a Grécia ou a Irlanda, alguma vez aceitaram este tipo de humilhante relação que nos envergonha e que os nossos dirigentes aceitam sem pestanejar. As contínuas pressões de Merkel, Lagarde ou de Barroso são inaceitáveis e são intromissões intoleráveis na nossa soberania, mesmo que esta esteja diminuida. É preciso dizer-lhes para se calarem. Que queremos ser respeitados no quadro do projecto de solidariedade europeia. A nossa história tem altos e baixos, mas poucas vezes foi tão maltratada. É preciso ser muito claro: o Primeiro-Ministro e o Presidente da República são os maiores responsáveis pela humilhante situação por que passamos, ao alinharem na política do bom aluno que aplica uma austeridade desproporcionada e que, em vez de protegerem os portugueses como é seu dever em resultado do voto que receberam, têm contribuido para o empobrecimento do nosso país, para a destruição do tecido económico, para a degradação da vida social e para a destruição da esperança em dias melhores. Já lá vão 30 meses desde que nos disseram que nada disto nos aconteceria. Vejam o que sucedeu e tomem as devidas consequências. A bem da Nação.

Sem comentários:

Enviar um comentário