terça-feira, 19 de novembro de 2013

Voltar a Goa em peregrinação cultural

Os portugueses sempre tiveram uma acentuada vocação para sair do país em busca de locais mais ou menos exóticos para viver ou para trabalhar e, por isso, a diáspora lusitana encontra-se espalhada um pouco por todo o planeta. É uma característica marcante da identidade portuguesa e que terá começado no século XVI com a partida de marinheiros, soldados, mercadores e missionários que atravessaram os mares desconhecidos em direcção ao Oriente e ao Brasil, em busca de fortuna e de aventura. Essa marca cultural manteve-se ao longo do tempo, chegou aos nossos dias e, como ainda recentemente foi revelado numa série de programas da RTP, hoje há portugueses por todo o mundo, desde a Argentina ao Japão ou de Moçambique à Islândia. Partem por razões muito diversas e geralmente desenvolvem actividades muito diversificadas. São gestores, quadros superiores, técnicos especialistas, professores, trabalhadores indiferenciados ou, simplesmente, aventureiros. Integram-se muito bem nas sociedades locais e conquistam reputação social. Muitos fixam-se definitivamente nas terras de acolhimento, mas outros regressam, muitas vezes mais carregados de saudade do que de fortuna.
Porém, muitos dos que regressam continuam ligados às terras por onde passaram e viveram e, sempre que podem, regressam em “romagem de saudade” para rever amigos, revisitar locais, reviver paisagens e recuperar memórias. Neste sentido, para quem teve o privilégio de trabalhar em Goa, um regresso é uma prova emocional e uma peregrinação cultural muito estimulante. É isso que o JML vai agora fazer durante várias semanas. Que tudo lhe corra bem e que desfrute das estimulantes singularidades culturais de Goa, das peculiaridades da sua vida social e das suas vistas sobre o mar Arábico.

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