sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Os independentistas catalães não cedem

Os partidos políticos independentistas da Catalunha chegaram a um acordo para realizar um referendo sobre a independência desta região do nordeste da Espanha no dia 9 de Novembro de 2014, segundo anunciou Artur Mas, o chefe do governo catalão, que também indicou as perguntas a dirigir ao eleitorado:
     - Querem que a Catalunha se transforme num Estado?
     - E em caso afirmativo, querem que seja independente?
A notícia foi destacada por toda a imprensa espanhola, que também destacou a solene declaração de Mariano Rajoy a rejeitar a autorização para a realização ou para qualquer negociação relativa a esse referendo, porque é contrário à unidade indissolúvel da nação espanhola e, portanto, é inconstitucional. O problema é muito sério pois reflecte uma legítima aspiração histórica da Catalunha, mas também porque esconde a grave situação económica catalã que está sob um programa de ajustamento financiado pelo governo central e, sobretudo, porque é um processo que pode conduzir à fragmentação da Espanha. Actualmente os partidos que apoiam a realização do referendo – CiU, ERC, ICV e CUP – dispõem de uma maioria de 88 deputados dos 135 que fazem parte do Parlamento catalão (65%), embora as últimas sondagens apontem para um apoio de apenas 47% do eleitorado à independência catalã.
O referendo não é vinculativo, mas está a fazer aumentar a tensão entre Madrid e Barcelona ou entre Mariano Rajoy e Artur Mas. Curiosamente, caso o referendo catalão se realize, acontecerá menos de dois meses depois do referendo sobre a independência da Escócia que acontecerá no dia 18 de Setembro de 2014, o que pode influenciar os resultados na Catalunha.

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