sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Escócia e os submarinos nucleares

No próximo dia 18 de Setembro de 2014 vai realizar-se o referendo sobre a independência da Escócia que foi acordado entre o governo escocês e o governo britânico, para que os escoceses decidam se querem tornar-se independentes ou querem continuar a fazer parte do Reino Unido.
A independência da Escócia é uma reivindicação política muito antiga, pelo menos desde que os reinos da Escócia e da Inglaterra se unificaram em 1707 através do Tratado da União, formando o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Está tudo tratado pacificamente e, no caso da vitória de uma decisão favorável à independência, até já está marcada a data da sua declaração formal: 24 de Março de 2016.
Um dos principais problemas actualmente em discussão refere-se à existência da Base Naval de Faslane, situada a cerca de 40 quilómetros de Glasgow, assim como à presença da frota nuclear submarina que aloja os mísseis balísticos Trident. A corrente independentista escocesa defende a retirada das armas nucleares britânicas do seu território, mas a base assegura 6.700 empregos, além de já estar programada a fixação de toda a frota submarina britânica em Faslane a partir de 2017, o que criará empregos adicionais directos e indirectos. Entretanto, a transferência dos submarinos nucleares para a Base Naval de Devonport (Plymouth) está fora de causa por ser uma área densamente povoada que não aceita ser exposta aos riscos nucleares e, qualquer outra opção, tem custos astronómicos que os especialistas consideram insuportáveis. Assim, pode estar em causa a capacidade nuclear submarina britânica.
Na sua edição de hoje, o jornal The Herald, um jornal de Glasgow que se publica desde 1783 e reivindica ser um dos mais antigos jornais do mundo, destaca exactamente esse assunto relativo aos 12 submarinos nucleares das classes Astute e Trafalgar, que são um dos símbolos do poder naval e do prestígio britânico no mundo.

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