sexta-feira, 6 de junho de 2014

A memória do dia D ou do dia mais longo

Ficou registado na História como o Dia D e aconteceu há 70 anos, no dia 6 de Junho de 1944. A literatura e o cinema elegeram-no como “o dia mais longo” e como um dos seus temas preferidos, que continua a suscitar o interesse dos estudiosos da Segunda Guerra Mundial. Tratou-se da maior invasão anfíbia de todos os tempos, na qual estiveram envolvidos mais de cinco mil navios que, só nesse dia, desembarcaram 160 mil homens e todo o apoio logístico de que necessitavam, numa frente de desembarque de mais de 80 quilómetros nas costas francesas da Normandia. A complexa invasão das forças aliadas, sobretudo americanas, inglesas e canadianas, foi designada por operação Overlord e a ela estiveram ligados importantes comandantes aliados como Eisenhower, Montgomery e Bradley, mas também, do outro lado, Von Rundstedt e Rommel. A guerra avassalava a Europa desde 1939, mas a partir desse dia alterou-se a correlação de forças e iniciou-se a libertação da França ocupada pelos nazis e a caminhada militar das forças aliadas em direcção à Alemanha. Um ano depois, a Alemanha nazi sucumbia e Berlim era ocupada.
Hoje, 19 chefes de Estado, entre os quais Obama, Putin, Isabel II e Hollande, evocarão esse dia em diversas cerimónias em que ainda participarão 1800 veteranos de guerra. A imprensa francesa associa-se a esta efeméride e Le Figaro destaca que o mundo festeja a liberdade, pois esse dia representou o princípio do fim do nazismo, de Adolf Hitler e do III Reich de tão horrível memória.
Nos tempos conturbados por que passamos, a celebração desta efeméride tem a virtualidade de a todos recordar o que foram os horrores daquela guerra, mas também da necessidade de hoje assegurar entendimentos que preservem a paz. Bom seria que se lembrassem do que fizeram, ou não fizeram, por exemplo na Líbia, na Síria ou na Ucrânia.

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