sexta-feira, 18 de julho de 2014

O trágico voo MH 17

A brutalidade da notícia correu mundo e esta manhã ocupa as manchetes da generalidade dos jornais: um Boeing 777-200 da Malaysia Airways com 298 ocupantes despenhou-se sobre a região oriental da Ucrânia, onde desde há alguns meses se verificam combates entre o exército ucraniano e os separatistas pró-russos. Era o voo MH17 e o avião voava de Amsterdão para Kuala Lumpur.
Ninguém parece ter dúvidas de que o avião foi abatido por um míssil terra-ar, embora cada um dos contendores que se defrontam no terreno acuse o outro por este grave acontecimento que, para além da perda de muitas vítimas inocentes, viola todas as regras da boa convivência internacional e da passagem inofensiva de aeronaves comerciais. O que ainda se está para saber não é apenas quem disparou o míssil, mas também se esse disparo foi acidental ou propositado e, neste caso, porquê. Obviamente que esta tragédia está relacionada com a situação de guerra que se vive na região e que, aparentemente, tem aumentado de intensidade com a maior intervenção das tropas ucranianas, com a maior organização das forças separatistas da auto-proclamada República Popular de Donetsk e com o eventual envolvimento directo de tropas e armamento russos. Embora os dirigentes russos, as autoridades ucranianas e os poderes ocidentais sejam prudentes nas interpretações e acusações que estão a fazer quanto ao que se passou, é evidente que todos eles têm responsabilidades pela situação a que se chegou. Não se compreende porque se encontram e se abraçam ou porque falam ao telefone e sorriem, não sendo depois capazes de resolver estes imbróglios, não só na Ucrânia, mas também noutros países onde não há paz. A Humanidade merecia outros dirigentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário