domingo, 27 de julho de 2014

Tour de France 2014: espectáculo e festa

Terminou o Tour de France 2014 com a vitória incontestável do ciclista italiano Vincenzo Nibali. Desde o triunfo de Marco Pantani em 1998 que nenhum italiano vencera aquela centenária prova ciclista e, por isso, foi um acontecimento desportivo que despertou uma enorme onda de entusiasmo na Itália, com a fotografia de Nibali a encher as páginas dos jornais. Apesar do mérito da vitória, ninguém esquece que os dois grandes favoritos - o espanhol Alberto Contador e o inglês Christopher Froome - abandonaram a corrida devido a quedas e que isso acabou por facilitar a vitória de Nibali. A participação portuguesa foi positiva, embora o campeão do mundo Rui Costa também tivesse desistido por doença.
A nossa televisão voltou a dar uma alargada cobertura à prova com apropriados e sábios comentários do antigo ciclista Marco Chagas, a fazer inveja aos inúmeros jornalistas profissionais que não fazem nenhuma ideia do que é comentar ou relatar um simples jogo de futebol.
Porém, para além dos aspectos desportivos, o que mais impressionou nas reportagens diárias sobre o Tour de France foi a excelência da realização televisiva, que prestou um grande serviço ao turismo francês ao mostrar diariamente “uma França vista do céu” e que hoje nos exibiu a monumentalidade da cidade de Paris vista do ar. Ao longo de todas as reportagens, foram exibidas muitas sequências de imagens de montanhas e vales, de cidades e vilas, de castelos e igrejas, de aquedutos e pontes, de explorações agrícolas e de florestas, para além de estâncias de montanha, palácios, cemitérios das guerras e mil outras curiosidades culturais ou turísticas.
Além de tudo isso, as reportagens televisivas conseguiram sempre transmitir o entusiasmo dos franceses ao longo das estradas e no cimo das montanhas, a atestar que o Tour de France é realmente um espectáculo desportivo e uma grande festa popular.

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