quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Circulando pelas lusas auto-estradas

A modernidade da nossa rede de auto-estradas é um facto que favorece a atracção de um intenso tráfego rodoviário, não só nacional mas também estrangeiro, em especial das vizinhas regiões espanholas da Andaluzia e da Galiza. Trata-se de um fenómeno natural por razões de interdependência económica, mas sobretudo por razões turísticas, havendo muitos milhares de viaturas galegas e andaluzas que atravessam a fronteira portuguesa para visitar o Minho ou o Algarve, ou vir conhecer Lisboa.
Na generalidade das auto-estradas paga-se portagem, que em alguns casos é demasiado cara, havendo diversos sistemas de pagamento assistido ou não assistido. Para o automobilista, a Via Verde é o mais cómodo sistema para atravessar as portagens com rapidez, mas a passagem por essa faixa exige um identificador associado a um cartão de crédito que a generalidade das viaturas estrangeiras não possui. Pois é por essa faixa que passam os infractores mais distraidos ou mais... espertalhões.
A imprensa galega, nomeadamente o diário La Voz de Galicia, veio hoje dar a notícia de que terá havido mais de 300 mil veículos, na sua maioria galegos, que foram identificados pelas concessionárias portuguesas – Brisa e Ascendi – por não terem pago a portagem quando circularam nas auto-estradas portuguesas. Serão cerca de onze milhões de euros! Porém, porque a infracção é captada fotograficamente e serve de prova em tribunal, já começaram a ser emitidas as respectivas multas enviadas para cobrança espontânea aos infractores ou para cobrança coerciva pelos tribunais espanhóis, nalguns casos acumuladas nos últimos anos e que já são de elevado valor, como acontece com uma empresa de transportes da Corunha que fez circular a sua frota pelas auto-estradas portuguesas sem fazer qualquer pagamento. E está feito o aviso: a Polícia portuguesa tem o registo on line das matrículas das viaturas infractoras e pode imobilizá-las até que paguem o que devem.

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