terça-feira, 5 de agosto de 2014

Memória da 1ª Guerra Mundial (1914-18)

Vários Chefes de Estado e outros altos representantes de mais de cinquenta países assinalaram ontem na Bélgica o centenário do início da 1ª Guerra Mundial, na qual pereceram cerca de 17 milhões de pessoas, entre militares e civis.
Embora a guerra tivesse começado com a invasão da Sérvia pelos exércitos austro-húngaros (28 de Julho), foi a invasão da Bélgica e a declaração de guerra da Alemanha à França (3 de Agosto) e o consequente envolvimento britânico (4 de Agosto), que aceleraram o desenrolar do conflito. Por isso, a efeméride foi especialmente evocada na Bélgica, em França e no Reino Unido, embora tivesse interessado muitos outros países, entre os quais Portugal, onde a comunicação social promoveu diversas iniciativas com destaque para o suplemento diário que o jornal Público vem publicando desde 28 de Julho sobre “os 100 anos da I Guerra Mundial”.
Nas cerimónias realizadas em Liége foi recordada a invasão alemã que desencadeou o conflito na frente ocidental, tendo o presidente francês agradecido à Bélgica a resistência de Liége que retardou a entrada das tropas alemãs no território francês. Outros discursos inspiraram-se nas “lições da História” e lembraram a enorme catástrofe que foi a guerra que varreu a Europa entre 1914 e 1918, tendo algumas vozes apelado para a necessidade do velho continente não optar pela indiferença relativamente aos conflitos que actualmente acontecem na Ucrânia, no Iraque, na Síria ou em Gaza, mas antes escolher uma intervenção pacificadora. Por razões diplomáticas não foi dito que, pior do que a indiferença, é tomar partido com o indisfarçado objectivo de vender armas ou de tomar posições no jogo do petróleo naquelas regiões.
Portugal também entrou na guerra a partir de 9 de Março de 1916 quando a Alemanha decidiu fazer uma declaração de guerra ao nosso país, embora nessa altura já decorressem operações militares na fronteira sul de Angola e na fronteira norte de Moçambique.

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