quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Quem semeia ventos, colhe tempestades

A imprensa mundial destacou hoje a notícia da execução de um jornalista americano algures no norte do Iraque, por um militante do Estado Islâmico (EI). As imagens divulgadas chocaram o mundo pela sua crueldade e, até no mundo islâmico, se começaram a levantar vozes a condenar o extremismo deste grupo radical que controla a região leste da Síria e o norte do Iraque. Os líderes religiosos e alguns dirigentes políticos islamitas, nomeadamente dos grandes países do Islão como a Indonésia, o Egipto e a Arábia Saudita, já se tinham manifestado contra a perseguição que estava a ser conduzida pelo EI contra as comunidades xiitas, cristãs e yazidis do norte do Iraque, mas também contra a crueldade das centenas de execuções que têm sido sadicamente concretizadas. Da mesma forma, também o Papa Francisco salientou que, nestes casos, em que há uma agressão injusta, é lícito “parar” o agressor injusto, mas esclarecendo que “parar” não significa bombardear ou fazer guerra. Por isso, alertou que "uma só nação não pode julgar como parar um agressor injusto" e que essa decisão deverá caber à comunidade internacional através das Nações Unidas.
A situação é muito preocupante e, sem que ainda haja uma Resolução das Nações Unidas, os Estados Unidos já regressaram ao Iraque, tal como a Rússia e o Irão, enquanto as potências europeias preparam a sua intervenção para "parar" os jihadistas islâmicos. Porém, é caso para perguntar quem financiou e armou o EI? Na cena internacional, tal como nas pequenas coisas da vida, quem semeia ventos (ou dolares) colhe tempestades.

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