sábado, 20 de dezembro de 2014

A Índia já aderiu ao encanto do futebol

Um dos maiores jornais da Índia – o Hindustan Times – reservou a primeira página da sua edição de hoje para anunciar a final da Indian Super League de futebol. Trata-se de um acontecimento desportivo inédito, porque o futebol era até agora um acontecimento marginal na Índia, onde prevalecem o cricket e o hóquei em campo. As excepções eram Goa e a região de Calcutá (Kolkata) onde o interesse pelo futebol domina, mas parece que agora já nem a Índia resiste à globalização do futebol e ao seu encanto.
Este ano, pela primeira vez, foi organizado um torneio nacional que foi baptizado como a Indian Super League. São oito equipas criadas este ano em oito diferentes Estados ou cidades – Chennai, Delhi, Goa, Guwahati (Assam), Kerala, Kolkata (Bengala), Mumbai e Pune (Maharastra). São equipas que quase são selecções representativas desses Estados ou cidades, embora incluam muitos jogadores contratados no estrangeiro e até haja vários jogadores portugueses nessas equipas. A equipa de Goa contratou o famoso Zico para treinador e o luso-francês Robert Pires como jogador, mas nas outras equipas jogam antigos campeões do mundo e nomes famosos como Capdevilla, Del Piero, Trézéguet, Silvestre, Nesta, David James e Anelka. Embora sejam jogadores em fase descendente da sua carreira futebolística, os seus nomes sonantes, mais os media e a publicidade, exponenciaram o entusiasmo pelo futebol na Índia.
Na primeira fase desta primeira edição da Indian Super League jogaram todos contra todos e a classificação foi a seguinte: 1) Chennaiyin FC; 2) FC Goa; 3) Atletico de Kolkata; 4) Kerala Blasters FC. Depois, os quatro primeiros jogaram entre si. Kerala bateu Chennai e chegou à final. Goa defrontou Kolkata, sem que dois jogos e prolongamentos dessem sequer um golo, pelo que o finalista foi encontrado nos penaltis. Goa foi menos feliz e Kolkata seguiu para a final que se disputa hoje entre as equipas de Kerala e de Kolkata.
Goa, a verdadeira capital indiana do futebol, fica de fora. É pena.

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