segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A jihad líbia já ameaça o sul da Europa

A notícia já aparecera em alguns meios de comunicação internacionais, caso da CNN, onde num texto inserto na sua website, se escreveu:
“A bandeira negra do ISIS está hasteada nos edifícios governamentais. Os carros da polícia já exibem o logotipo do ISIS. O estádio de futebol da cidade está a ser usado para execuções públicas. Uma cidade na Síria ou no Iraque? Não. É uma cidade na costa mediterrânica, na Líbia”.
Cerca de três anos depois da queda do coronel Muammar Kadaffi, a Líbia vive num caos político e parece estar cada vez mais ingovernável, com diversas forças militarizadas a actuar no terreno, entre as quais as forças jihadistas inspiradas no ISIS. Essas forças receberam o reforço de centenas de jihadistas líbios que combatiam na Síria e no Iraque, tendo ocupado Derna, uma cidade com cem mil habitantes, situada na costa do Mediterrâneo, próximo da fronteira com o Egipto.
Hoje a cidade de Derna assemelha-se a Raqqa, a cidade síria onde o ISIS tem o seu quartel-general, constituindo já a sua testa-de-ponte para estender o seu califado até ao Egipto e à Líbia. O ISIS é uma séria ameaça para a Líbia e já estão referenciados núcleos jihadistas líbios nas cidades costeiras de Tobruk, Benghazi, Misrata e Tripoli.
Tudo isto se passa bem próximo das costas europeias da Grécia e da Itália. Hoje, o Corriere Della Sera destaca em primeira página a situação líbia com uma fotografia das forças da jihad líbia e uma esclarecedora legenda: “nel califato libico davanti a noi”. Não é necessário saber italiano para traduzir aquela frase a avisar que há um califado líbio às portas da Itália.
A respeito do que se passa na Síria e agora na Líbia, o senador americano Rand Paul chamou à guerra da Líbia a “Hillary’s war”, considerando que foi a destabilização provocada pelo envolvimento americano nas guerras contra Bashar al-Assad e Muammar Kadaffi que abriu as portas ao ISIS.

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