terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A escalada da guerra domina a Ucrânia

Foi em Abril de 2014 que começaram os confrontos militares no Leste da Ucrânia e, passados cerca de 8 meses, já estão contabilizados mais de 5 mil mortos e 1,2 milhões de refugiados e, como hoje diz o jornal luxemburgês Le Quotidien, a Ucrânia está à beira do precipício.
Assim, uma vez mais, temos o continente europeu confrontado com uma guerra dentro das suas fronteiras geográficas e culturais e com uma tragédia que nos recorda um passado histórico de conflitualidade, sem que os seus dirigentes se entendam e consigam impor a negociação, o cessar-fogo e a resolução pacífica deste conflito.
Na Ucrânia há uma parte que quer virar-se para a prosperidade da União Europeia e outra parte que quer manter os seus laços tradicionais com a Rússia e, do intenso combate político em que o país se envolveu, resultou o confronto militar. Os combates entre as forças regulares do exército ucraniano e os independentistas das autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk intensificaram-se nos últimos tempos e o número de mortos continua a aumentar, com as televisões a mostrar as imagens brutais da morte, do sofrimento e da destruição. Os separatistas pró-russos anunciaram a intenção de criar uma frente única para unir as duas frentes de combate activas, apelaram à urgente mobilização de 100 mil combatentes e ameaçaram estender a guerra a todo o território ucraniano.
Perante este cenário em que os separatistas pró-russos parecem estar a consolidar e alargar posições no terreno, o governo de Kiev teme uma invasão russa e acusa o governo de Putin de já estar a intervir no terreno, pelo que os Estados Unidos estão a ponderar uma resposta com o envio de auxílio militar que poderá incluir sistemas antiaéreos, anti-morteiro e antitanque. embora a Alemanha e a França não apoiem essa solução.
Muitos analistas já consideram que os tempos da “guerra fria” estão de volta e, como hoje escreveu o diário Le Quotidien, a Ucrânia está à beira do precipício, sobretudo porque não há dirigentes capazes de fazer qualquer coisa pela negociação e pela paz ou, então, são mais sensíveis aos seus interesses económicos do que às tragédias humanas dos outros.

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