quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

José Mourinho é um verdadeiro artista

A edição de hoje da France Football destaca uma grande reportagem com o treinador português José Mourinho. Trata-se de um acontecimento relevante no plano mediático porque aquela revista francesa tem uma enorme reputação no campo do futebol internacional, não só pela sua qualidade editorial, mas também porque em 1956 criou o Ballon d’Or que anualmente premiava o melhor futebolista do ano na Europa e que em 2010 se fundiu com o prémio atribuído pela FIFA para se transformar no FIFA Ballon d’Or. Não há muitos portugueses que, em qualquer domínio, tenham conseguido notoriedade internacional, mas o treinador Mourinho é um deles, tendo sido considerado pela FIFA como o melhor treinador do mundo em 2010. O seu palmarés desportivo como treinador é muito rico e inclui 20 títulos, dos quais duas Ligas dos Campeões e sete Campeonatos Nacionais  em Portugal (2), Inglaterra (2), Itália (2) e Espanha (1).
A revista classifica-o como “l’emmerdeur”, isto é, o homem que desafia, que incomoda, que cria encrencas. É, seguramente, um enorme elogio. De facto, só saem do anonimato e triunfam no competitivo mundo do futebol (como em outras actividades humanas) aqueles que desafiam os equilíbrios existentes, que são capazes de inovar e que têm a receita para mobilizar os seus públicos, quer sejam adeptos, leitores, consumidores ou eleitores. Mourinho tem sido exemplar nesse aspecto e, como diria o humorista, ele é mesmo um verdadeiro artista.

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