quarta-feira, 29 de abril de 2015

Macau protege o seu património imóvel

A administração do território de Macau foi transferida em 1999 para as autoridades chinesas, ficando constituida a Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China (RAEM). Houve nessa altura muitas declarações elogiando o esforço feito pelas autoridades portuguesas para modernizar o território, mas também pela política de preservação da sua herança cultural e, em especial, do seu património edificado. As novas autoridades macaenses deram continuidade à política cultural dos portugueses e em 2005 viram o centro histórico de Macau ser classificado pela UNESCO e incluída na World Heritage List.
O diário Hoje Macau, um dos quatro jornais que em Macau se publicam em português, ilustra a capa da sua edição de hoje com uma fotografia do farol da Guia e informa que o nome e as plantas de delimitação geográfica de vários imóveis que fazem parte do património do território estão a ser alterados por iniciativa do Instituto Cultural de Macau. Pretendem-se adoptar nomes mais de acordo com a história e que também sejam mais esclarecedores para os milhões de turistas que visitam Macau. As famosas ruinas de São Paulo passarão a incluir a palavra igreja na sua nova designação e a fortaleza da Guia passará também a incluir a palavra ermida no seu nome. O diário macaense informa, ainda, que entre o património que já está ou se prevê esteja em restauro a curto prazo, se encontram as Oficinas Navais, um edifício a que tantos portugueses estão profissional e emocionalmente ligados.
Não há dúvida que se trata de sinais que mostram o interesse chinês na preservação da história e do patrimonio cultural da cidade a que, desde 1586, os portugueses chamaram a Cidade do Nome de Deus do Porto de Macau na China.

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