domingo, 3 de maio de 2015

A indústria aeronáutica francesa no topo

Depois do Egipto e da Índia foi o Qatar que se deixou seduzir pelo Rafale e que decidiu encomendar 24 aviões ao fabricante Dassault Aviation, num contrato de 6,3 mil milhões de euros que inclui a formação de pilotos e de mecânicos, segundo informou ontem o diário Le Figaro.
Em tempo de crise da indústria e da economia francesas, o Presidente François Hollande não perdeu tempo a divulgar a notícia e, amanhã, vai pessoalmente ao Qatar assinar o respectivo contrato. Sob diversos pontos de vista é compreensível esta euforia francesa porque o Rafale está a ser não só um sucesso comercial, mas também um estímulo para a renovação da auto-estima e do orgulho nacionais. Depois de "uma década negra" sem que o aparelho conseguisse penetrar no mercado da exportação, no passado mês de Fevereiro a Dassault Aviation assinara um contrato com o Egipto para a venda de 24 aviões e em Abril recebeu da Índia uma encomenda para o fornecimento de 36 aviões.
Entretanto, como a indústria aeronáutica francesa está no topo, decorrem negociações para garantir novos contratos de fornecimento do Rafale à Malásia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia e Kuwait.
Estas encomendas até podem sugerir que há um cenário de guerra no horizonte, embora tenha a ver com a instabilidade que existe no Médio Oriente.  Porém, estas encomendas têm principalmente em vista, a afirmação do prestígio e da credibilidade internacional destes países através das suas Forças Armadas e do seu poder militar, porque sem estes dois factores de soberania, não há respeito, nem alianças, nem amigos no domínio das relações internacionais.

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