quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O irrevogável e o récord das exportações

O irrevogável vem fazendo uma triste figura desde que se vendeu por um lugar de vice-primeiro ministro, o qual lhe tem proporcionado passeatas que nem O Independente nem a Universidade Moderna alguma vez lhe podiam proporcionar. Não sei se houve alguma vez em Portugal alguém que tanto tivesse viajado à custa do erário público e dos meus impostos. Além disso, porque não quer parecer a figura secundária que realmente é, tratou de arranjar uma corte de bajuladores, seguidistas e sem ideias próprias, a quem arranja uns lugares no governo e fora dele. Para compor a caricata cena, até os levou à festa do PSD onde os sentou como figuras decorativas, tal como acontecia nas festas medievais em que os senhores tementes a Deus, por vezes sentavam a criadagem à sua mesa.
Um dia o irrevogável falou nas exportações como o porta-aviões da economia portuguesa e logo a sua corte bajuladora passou a badalar a necessidade de as aumentarmos. De facto, as exportações aumentaram e logo o irrevogável e os seus amigos trataram de capitalizar esse resultado em seu proveito político através de cartazes e de sucessivas entrevistas, como se essa gente tivesse algum mérito nisso. A Espanha que está a crescer a um ritmo que é o dobro do crescimento português anuncia hoje o crescimento das exportações em diversos jornais e o jornal económico Expansión titula “récord exportador”, mas sem associar o governo a esse resultado que, como se sabe, depende sobretudo de factores exógenos.
Porém, por cá, o irrevogável e os seus seguidistas são demasiado atrevidos e continuam a manipular mentirosamente o que de bom se passa no turismo e nas exportações, como se isso resultasse da acção do governo e, em particular da acção pessoal do irrevogável, enquanto seu coordenador económico. Esta gente repete e repete estas mentiras, sem vergonha e sem pudor e isso recorda-nos o Goebbels de má memória: uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.

Sem comentários:

Enviar um comentário