quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Suez: mais canal, mais comércio mundial

Foi anunciada para hoje a cerimónia da inauguração do novo canal do Suez, a designação que foi adoptada para identificar uma nova via com 37 quilómetros paralela ao anterior canal e, também, o alargamento e aprofundamento de um troço de 35 quilómetros da via original de 72 quilómetros. Com este novo canal, prevê-se que aumente de 49 para 97 o número de navios que possa utilizar diariamente o canal e que o tempo de navegação seja reduzido de cerca de 20 para 11 horas. Dessa forma, vai haver uma melhoria considerável na ligação marítima entre a Europa e a Ásia, mas também uma maior integração da economia mundial.
O canal que liga os portos egípcios de Port Said no mar Mediterrâneo a Suez, no mar Vermelho tem 195 quilómetros de extensão, foi construído pela companhia do Suez de Ferdinand Lesseps e foi inaugurado em 1869. Depois de uma vida atribulada, a companhia do canal que era controlada por capitais franceses e ingleses, foi nacionalizada em 1956 pelo presidente Gamal Abdel Nasser.
Após 145 anos de serviço, o canal teve agora e pela primeira vez uma intervenção de expansão, que se espera venha a criar um milhão de postos de trabalho e a gerar um substancial aumento de receitas para o Estado egípcio.
Hoje, o presidente Abdel Fattah al-Sissi inaugura esta segunda rota do canal numa cerimónia em que estarão presentes alguns chefes de Estado estrangeiros, com destaque para François Hollande, o convidado de honra. Haverá uma grande parada naval que será sobrevoada por três aviões de combate Rafale e oito F16 recentemente entregues pela França e pelos Estados Unidos. Numa altura de muita perturbação regional e de ameaças jihadistas no seu próprio território, as autoridades egípcias dão um incremento ao comércio mundial e um sinal ao mundo de estabilidade e de confiança no futuro.

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