sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Há um cavaco que vai ficar na história

Aníbal Cavaco Silva, natural de Boliqueime, ex-funcionário do Banco de Portugal e doutor em Economia, continua a surpreender-nos quando faltam 112 dias para que abandone o Palácio de Belém e para nos vermos livres dele. Ainda falta muito tempo, a paciência está a esgotar-se,  mas temos que aguentar.
As sondagens mostram há muito tempo que nunca um Presidente da República Portuguesa teve tão baixos níveis de popularidade, resultantes da sua mediocridade cultural, mas também da sua falta de isenção política e da forma como se desculpa das coisas e como se envolveu ou falou do BPN e do BES.
Um dia destes, exibindo um desapropriado ar novo-riquista, afirmou que sabia muito bem aquilo que irei fazer e todos sabem que sou totalmente insensível a quaisquer pressões, venham elas de onde vierem”, mas no dia seguinte avisou que não iria comparecer às comemorações oficiais da implantação da República “porque tem de se concentrar na reflexão sobre as decisões que terá de tomar nos próximos dias". Em que ficamos? Então sabe muito bem (porque estudou todos os cenários) ou precisa de se concentrar (porque anda desconcentrado)?
Para uns é uma desculpa qualquer, para outros é uma falta de respeito, para outros é, simplesmente, o medo dos jornalistas e, sobretudo, o medo de monumentais e justas assobiadelas. Quando o Presidente da República decide não comparecer à cerimónia da Implantação da República, dá um mau exemplo de cidadania e, a 112 dias do fim da sua comissão presidencial, reafirma uma vez mais que quer ficar na História como o maior fiasco que tivemos no século XXI. Isto é um abcesso! Muita razão tinha a minha prima quando disse que "o rapaz deixou Boliqueime, mas Boliqueime nunca deixou o rapaz".

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