domingo, 11 de outubro de 2015

A crueldade do mar é a mesma de sempre!

O cargueiro americano El Faro de 224 metros de comprimento, navegava de Jacksonville na Florida para San Juan de Porto Rico com 33 tripulantes a bordo, tendo desaparecido no mar das Bahamas durante a passagem do furacão Joaquin. Esta dramática ocorrência aconteceu há dez dias e, apesar das intensas buscas que têm sido efectuadas, apenas foram recuperados um bote salva-vidas sem ninguém a bordo e outros destroços menores. Embora ainda não se saiba exactamente o que se passou, terá havido 28 americanos e cinco polacos que perderam a vida, quando o navio desapareceu no meio de uma violenta tempestade, com ondulação muito forte, mar agitado e ventos estimados da ordem dos 215 quilómetros por hora.  O navio era do tipo Ro/Ro, especialmente destinado ao transporte de veículos, estando ao serviço desde 1975. Era, portanto, um navio velho que nesta viagem transportava centenas de contentores e veículos automóveis, mas terá sofrido avarias devido ao mau tempo e perdido capacidade de propulsão, acabando por ser “engolido” pelo mar. A edição de hoje do Miami Herald evoca a última viagem do El Faro com uma ilustração na sua primeira página que reconstitui, ou pelo menos ajuda a compreender, o que se terá passado com o navio.
A National Transportation Safety Board (NTSB) em cooperação com a Tote Maritime, a empresa proprietária do navio, estão a investigar as razões porque o navio deixou Jacksonville e, aparentemente, se dirigiu directamente para o olho do furacão Joaquin, apesar de dispor de todas as informações meteorológicas necessárias e de se tratar de uma situação bem conhecida das gentes do mar e sem qualquer imprevisibilidade. Em tempos de tanta tecnologia, como é possível que aconteçam estes casos de desafios ao mar cruel, em que se perdem tantas vidas?

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