sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Um festival sem complexos coloniais

Está a decorrer na cidade colombiana de Cartagena o 10º Festival Internacional de Música, na qual as autoridades culturais da cidade têm apostado para conseguir afirmar a cidade e o seu festival como referência cultural da América do Sul. O festival tem sido realizado todos os anos na “bella ciudad amurallada” que, dessa forma, adquire um reconhecimento internacional cada vez forte junto da comunidade da música e do público em geral. Desde o dia 8 e até ao dia 16 de Janeiro, em diferentes espaços da cidade, o festival vem apresentando um vasto repertório de diferentes géneros musicais para interessar os seus diferentes públicos, com destaque para a música antiga. No vasto e diversificado programa do festival destacam-se alguns importantes intérpretes internacionais, assim com os sete concertos apresentados pelo famoso agrupamento de música antiga Hespèrion XXI, dirigido pelo maestro e músico catalão Jordi Savall.
A imprensa colombiana tem dado o devido destaque ao Festival Internacional de Música, como mostra a edição de ontem do diário El Tiempo, que se publica na cidade de Bogotá.  Na sua primeira página, o jornal exibe uma fotografia dos molhes do porto de Cartagena que serviram de cenário a um dos maiores concertos que reuniu músicos de diversos agrupamentos e que teve como título “El mar de los deseos de Sevilla a Veracruz”, numa clara evocação do passado colonial da cidade. O festival não tem quaisquer complexos coloniais e, para melhor recordar a ligação da cidade ao mar e à sua herança colonial, o cenário foi embelezado com a presença do navio-escola Glória, o navio-insignia da Marinha colombiana.

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