quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A paz mundial está muito ameaçada

Embora haja notícias a revelar que há muita gente que procura a paz na martirizada Síria, o facto é que a guerra prossegue no terreno. Diz-se que as forças de Bashar al-Assad recuperam posições e que a oposição síria e o ISIS ou Daesh perdem terreno, enquanto Allepo e muitas outras cidades sírias estão destruidas, havendo milhões de refugiados que procuram a Europa. Nos espaços aéreos da região cruzam-se aviões de muitas origens, que não apenas russos, americanos, franceses, ingleses, canadianos, turcos, sauditas e outros, todos a reclamar acções contra o Daesh. Agora são os holandeses a entrar neste teatro que mais parece um treino de guerra aérea preparatório de qualquer coisa que possa vir a acontecer no futuro, do que uma acção coordenada para fazer frente a uma ameaça comum.
Os turcos são muito suspeitos como suporte logístico do Daesh e têm aproveitado a ocasião para se lançarem sobre os curdos e para atacar as suas pretensões independentistas. Agora desafiam os sauditas para lançarem uma ofensiva comum contra as forças de Bashar al-Assad e para uma invasão do território sírio, ao mesmo tempo que os russos e os iranianos já anunciaram que reagirão com firmeza a essa iniciativa. Nunca se falou tanto numa terceira guerra mundial e, na edição de hoje do Le Figaro, o jornal destaca os bombardeamentos da Turquia aos curdos e da Rússia à oposição síria, o que mostra que cada qual ataca indirectamente o seu adversário principal e que a Rússia e a Turquia estão cada vez mais em rota de colisão.
Estamos realmente perante um problema muito sério que perturba e ameaça a paz mundial e, porque tudo isto acontece desde há cinco anos, não é difícil encontrar os grandes responsáveis por esta enorme calamidade, pois muitos deles continuam instalados no poder em vários países.

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