terça-feira, 29 de março de 2016

Palmira foi libertada. Será restaurada?

As forças governamentais sírias com o apoio das milícias libanesas do Hezbollah e da aviação russa recuperaram a cidade e o sítio arqueológico de Palmira, que esteve ocupada pelas forças do Estado Islâmico desde Maio de 2015. A recuperação da cidade apresentava-se como um grande objectivo para o governo de Bashar al-Assad e para os seus aliados, pois parece corresponder a uma inversão da sorte da guerra que lhes está  a ser favorável, sobretudo depois da intervenção da aviação russa.
Palmira foi um dos primeiros locais a ser declarado Património da Humanidade pela UNESCO e, desde então, tornou-se um grande centro turístico, até que chegou a guerra. Com a ocupação pelas forças extremistas, alguns dos mais simbólicos monumentos do sítio arqueológico foram destruídos, assim acontecendo com o Arco do Triunfo e com alguns templos, colunas e estátuas, enquanto o seu museu arqueológico foi pilhado.
A recuperação de Palmira permitiu verificar o seu grau de destruição, sucedendo-se declarações mais ou menos animadoras quanto à extensão do que foi destruído e sobre a vontade de restaurar o espaço arqueológico e os seus monumentos. Alguns jornais internacionais, como o americano The Wall Street Journal, dedicam alargados espaços à reconquista de Palmira e, através de entrevistas a especialistas, estimam que o restauro de Palmira pode durar entre cinco anos a “muito, muito tempo”. Será preciso muito dinheiro e muita cooperação internacional para concretizar este projecto mas, primeiro, tem que acabar a guerra.

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