sábado, 16 de abril de 2016

A tourada supera o futebol em entusiasmo

A edição sevilhana do diário ABC relata hoje com grande destaque a 13ª corrida de toiros da Feria de Sevilla que se realizou ontem na Real Maestranza de Sevilla, com a praça cheia para assistir à actuação dos diestros Morante de la Puebla, El Juli e Andrés Roca Rey.
Segundo informa o jornal, enquanto El Juli sofreu uma cornada de 15 centímetros que o mandou para o hospital, o matador Morante de la Puebla teve uma faena de ensueño. O jornal não se poupa em elogios e, na sua primeira página, titula que Sevilla enlouquece con Morante e, mais adiante, num pormenorizado relato da corrida, diz que Morante de la Puebla, por fin, toca el cielo. Não admira, pois Morante é filho da terra.
Morante de la Puebla é o nome artístico de José António Morante Camacho, um toureiro espanhol de 36 anos de idade que nasceu em La Puebla del Rio, nos arredores de Sevilha. A fazer fé no que diz o jornal, a feliz actuação de Morante de la Puebla entusiasmou as 12.700 pessoas que encheram a praça mais famosa e com mais tradição taurina de Espanha e que é classificada como BIC, isto é, “bem de interesse cultural”.
Embora eu não seja aficionado e só consiga ver corridas de toiros à portuguesa, reconheço que a festa brava é um acontecimento cultural muito apreciado e com grande tradição em algumas regiões portuguesas e em muitas regiões espanholas. Na Andaluzia parece mesmo superar o entusiasmo pelo futebol, como atesta a fotografia de primeira página e a desenvolvida reportagem publicada na edição de hoje do diário ABC, num tempo em que parecia que o futebol e a política estariam a concentrar as atenções da cidade. 

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