sábado, 21 de maio de 2016

Nehru-Gandhi: evocando uma dinastia

Na sua edição de hoje o diário indiano The Asian Age publica uma mensagem do partido do Congresso Nacional Indiano, que é actualmente o maior partido da oposição, em homenagem a Rajiv Gandhi por ocasião do 25º aniversário do seu assassinato.
Rajiv Gandhi foi o primeiro-ministro da Índia entre 1984 e 1989, mas foi assassinado pela sua guarda pessoal durante a campanha eleitoral de 1991. Era neto de Jawaharlal Nehru, que foi o negociador da independência indiana e o seu primeiro primeiro-ministro entre 1947 e 1964 (17 anos), sendo filho de Indira Gandhi que foi primeira-ministra da Índia entre 1966 e 1977 e entre 1980 e 1984 (15 anos). Significa que Rajiv Gandhi foi o herdeiro de uma família que governou a Índia durante mais de trinta anos. 
Com a sua morte o Congresso Nacional Indiano passou a ser presidido por Sonia Gandhi, a viúva de Rajiv, mas a sua origem italiana nunca a recomendou para a chefia do governo. Em 2014, o seu filho Rahul Gandhi, então com 44 anos de idade, foi o candidato do Partido do Congresso Nacional Indiano para o cargo de Primeiro-ministro mas, apesar do seu carisma familiar e da sua formação académica em Harvard, foi copiosamente derrotado por Narendra Modi e pelo BJP, o Bharatiya Janata Party.
Curiosamente, o apelido Gandhi que a “dinastia” assumiu não têm qualquer relação com o Mahatma Gandhi, pois resulta do apelido de Feroze Gandhi que foi casado com Indira e que, portanto, foi o pai de Rajiv e o avô de Rahul. Com a derrota de Rahul há quem pense que a lenda dos Nehru-Gandhi terminou, embora a homenagem hoje prestada a Rajiv no The Asian Age possa significar que essa lenda não é para esquecer.

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