terça-feira, 7 de junho de 2016

Há guerras do futebol que são ridículas

Os principais jornais ingleses exibem hoje na primeira página das suas edições uma fotografia de uma cidadã portuguesa especializada em medicina desportiva que chefiou a equipa médica do Chelsea FC desde 2009 a 2015. Chama-se Eva Carneiro, nasceu em Gibraltar, estudou na Universidade de Nottingham e tem 42 anos de idade.
Em Junho de 2013, quando o treinador José Mourinho deixou o Real Madrid e regressou ao Chelsea FC, encontrou Eva Carneiro. Tudo parecia correr com normalidade profissional entre ambos mas, em Agosto de 2015, quando a médica entrou em campo para assistir um jogador nos últimos minutos do jogo com o Swansea City, o treinador repreendeu-a publicamente e mostrou-se  muito irritado, até porque o Chelsea empatou esse jogo. A cena não passou despercebida a ninguém e a situação degradou-se depois, pelo que o clube despediu a médica que, naturalmente, recorreu aos tribunais com uma dupla acção, contra o clube que a despediu e contra o treinador que a insultou com "linguagem discriminatória". Para ultrapassar a situação, o clube e o treinador propuseram à médica um acordo extra-judicial que envolve uma indemnização de 1,2 milhões de libras (1,5 milhões de euros), masa médica recusou ontem essa proposta e insiste em que a acção prossiga contra o clube e o seu antigo treinador.  Não tenho informação sobre o caso nem sou juiz, mas o que é relevante é que em vésperas do Brexit ou não Brexit, a imprensa inglesa dê tanta importância a um caso destes, bem típico das guerras do futebol.

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