quarta-feira, 22 de junho de 2016

Irresponsabilidade na gestão das Finanças

Contrariamente ao que alguma imprensa e muita televisão têm omitido ou têm tratado com uma exagerada cumplicidade, durante os mais de quatro anos de governo em que se quis ir “para além da troika” e em que os nossos governantes se deixaram humilhar  pelos diktats de Bruxelas e Berlim, as coisas não correram nada bem. A Europa impôs uma austeridade que provocou uma enorme recessão, um grande aumento do desemprego e muita emigração, mas quis mostrar o caso português como um exemplo de sucesso, quando na verdade foi um caso de grande hipocrisia, de muita mentira e de grossa promiscuidade em que os nossos governantes participaram, sem pudor nem emenda. Todos nos lembramos da forma ilegítima como Bruxelas procurou impedir que tivéssemos um novo governo, pois havia a intenção de manter em Lisboa um governo de marionetas, mas a estratégia não resultou. Os casos da CGD e do Banif são exemplares para provar que a governação de Passos e de Portas, mas também de Gaspar e Maria Albuquerque, foi uma monumental mentira, pois deixaram estes casos armadilhados e ainda tiveram a desonestidade de falar em saída limpa.
Passados alguns meses, Bruxelas parece estar a mudar de ideias e, segundo o jornal i, “Bruxelas arrasa Maria Luís e Vítor Gaspar no caso Banif”, em que objectivamente nada fizeram.
Foram incompetentes e irresponsáveis. Agora aproxima-se o caso CGD e, embora deva haver muita gente sem sombra de pecado, o facto é que o problema é grande e já vinha de trás, sem que aquelas poderosas eminências que governaram as nossas Finanças Públicas (e que depois arranjaram belos empregos à custa disso), nada tivessem visto. Não será a altura de lhes pedir responsabilidades? Que a Justiça apure o que se passou.

1 comentário:

  1. Essa gentinha, se tivesse o mínimo de decoro, andava escondida e não de gargalo de fora, com arrogância como faz gala. Ou então foram tão incompetentes que se julgam donos da razão, o que me custa a acreditar.
    Onde pára a nossa comunicação social isenta e profissional?

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