quinta-feira, 7 de julho de 2016

O futebol ressuscita o orgulho nacional

Ontem foi um dia de grande festa para os portugueses espalhados pelo mundo ao verem a sua selecção nacional de futebol atingir a final do Euro 2016, com uma exibição de talento e qualidade. Tinha-se iniciado a segunda parte do jogo das meias-finais com a selecção do País de Gales e pouco passava das 21 horas, quando Cristiano Ronaldo se elevou a 2,88 metros de altura e marcou de cabeça o primeiro golo da partida. Esse momento de grande alegria, mas também de grande capacidade atlética e poder futebolístico do nosso mais famoso jogador, está retratado na capa do diário espanhol Marca, mas também em jornais de muitos outros países. As televisões mostraram repetidamente esse gesto de Cristiano Ronaldo que vai ficar a marcar a presença portuguesa no Euro 2016.
A vitória portuguesa foi reconhecidamente justa e gerou uma onda de euforia não só em Portugal, mas também na generalidade dos países onde vivem portugueses. Através da televisão todos pudemos ver inúmeras cenas de emocionante entusiasmo e de orgulho nacional, ocorridas em cidades tão diferentes como a vizinha Paris ou a distante Dili, onde se cantou A Portuguesa e se agitaram bandeiras verde-rubras. Esse é, porventura, um dos mais importantes resultados da epopeia futebolística que está a decorrer em França. E sendo o futebol um dos palcos onde modernamente se confrontam o poder das nações e as suas rivalidades, o nosso sucesso não só é uma festa para os portugueses, mas é também um soco no estômago daqueles que alguma vez humilharam os portugueses e, em especial, aqueles que a vida obrigou a emigrar. O jogo de ontem não foi apenas uma vitória por 2-0 sobre o País de Gales, nem o acesso à final do Euro 2016, porque também foi um enorme passo a ressuscitar o orgulho nacional de um povo e de uma cultura que a Europa tanto tem marginalizado e, por vezes, humilhado.

Sem comentários:

Enviar um comentário