sexta-feira, 29 de julho de 2016

Resistir e não ceder à ameaça do terror!

As repetidas acções de terror e crueldade levadas a efeito em vários países por radicais terroristas ao serviço do estado islâmico, têm repugnado a consciência da Humanidade. Alguns países e regiões têm sido duramente atingidos por atentados que causaram muitas vítimas inocentes e a França tem estado no centro desse ataque extremista que está a abalar o modo de vida, a gerar a insegurança e a instalar o medo nas pessoas e nas comunidades. As formas de intervenção dos agentes do extremismo deixaram de ser apenas os tradicionais atentados bombistas e têm assumido outras formas igualmente repugnantes e de grande terror, como revelaram as recentes situações ocorridas em Nice e em Saint-Étienne-du-Rouvray.
O mundo está confrontado com uma nova ameaça, que já não é a guerra nuclear, uma qualquer  calamidade natural ou um desastre ecológico. É uma ameaça do terror, muito cruel e traiçoeira, para a qual não pode haver cedências nem contemplações, quer das autoridades, quer dos cidadãos. Resistir tem que ser a palavra de ordem. Não se pode ceder ao medo. As autoridades nacionais e supranacionais têm um enorme desafio pela frente para garantir a segurança das comunidades sem abalar o seu modo de vida democrático. Os cidadãos também são cada vez mais convocados a dar atenção às ameaças e a serem mais vigilantes, mas isso abala a vida comunitária e também envolve o risco de transformar cada cidadão num denunciante.
Estamos perante um desafio que ultrapassa as diferenças políticas, religiosas, económicas, desportivas, culturais e outras, que tradicionalmente separam os cidadãos e atravessam as comunidades. A sociedade da convivência e do culto democrático pode estar em perigo. Teremos que estar unidos nesta luta, para resistir ao terror e não ceder ao medo, mesmo quando a ameaça é muito séria. Essa é a mensagem do Libération a que nos associamos.

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