domingo, 28 de agosto de 2016

O fim da guerra civil na Colômbia

A guerra civil da Colômbia terminou, segundo anunciou El Heraldo. Era, provavelmente, uma das mais antigas guerras do nosso planeta, que alguns consideravam ter sido iniciada em 1948 e outros em 1964. Durou muito tempo. Foi meio século de guerra fratricida em que morreram cerca de 220 mil pessoas e que fez mais de seis milhões de refugiados dentro das fronteiras colombianas. O acordo de paz foi assinado em Havana entre o governo colombiano de Juan Manuel Santos e as FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, depois de quatro longos anos de negociações.
Este acordo é um marco importante na vida da Colômbia, mas ainda não resolve o problema. É apenas um primeiro passo, embora muito importante. Calcula-se que as FARC tenham um contingente armado de cerca de dez mil guerrilheiros que agora vão ser reintegrados, mas há muitas dúvidas quanto à possibilidade dessa reintegração, pois muitos deles são homens e mulheres que não conheceram outro cenário de vida para além da selva e da guerrilha, havendo também muitos que foram raptados e forçados a ser guerrilheiros. Porém, para além das FARC ainda há outros grupos armados a actuar na Colômbia, uns de esquerda e outros de direita, eventualmente ligados ao negócio da droga, o que pode vir a complicar o processo de paz.
Há que ter confiança. Depois de cessarem os combates e os raptos, há que sarar as  feridas. Os colombianos desejam o fim do sofrimento, da dor e da tragédia da guerra e, certamente, vão perdoar-se dos seus excessos. No próximo dia 2 de Outubro o povo da Colômbia vai votar num referendo para aceitar ou rejeitar o acordo de paz assinado entre o governo e as FARC. Só pode ser mais um reforço do processo de paz.

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