sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Os fogos florestais são uma calamidade

A imprensa espanhola noticia hoje com grande destaque as medalhas de ouro olímpicas que ontem foram conquistadas pela catalã Mireia Belmonte nos 200 metros mariposa e pela basca Maialen Chourraut na prova de canoagem em águas bravas. Porém, o destaque dos jornais galegos não são as medalhas olímpicas daquelas atletas, mas os incêndios florestais que assolam a Galiza, assim acontecendo com o Faro de Vigo que anuncia mais de 2.500 desalojados e cerca de 6.000 hectares consumidos pelo fogo em quatro dias. Um bosquejo pela imprensa francesa, italiana e grega mostra que também estes países estão a passar por grandes dificuldades com os fogos florestais.
Porém, a situação em Portugal ultrapassa tudo o que é imaginável, pois dos 190 mil hectares de área ardida no espaço europeu, mais de 93 mil hectares são em Portugal. É uma área equivalente a 93 mil campos de futebol! Nos últimos anos, a média de área ardida nesta época do ano rondava os 25 mil hectares, mas na última semana os números dispararam quando a “regra dos 30” se impôs: vento com velocidade superior a 30 km por hora, humidade relativa de 30% ou menos e temperatura do ar superior a 30 graus.
Os fogos florestais estão a ser uma calamidade nacional e, perante a gravidade da situação, vários países ofereceram a sua ajuda a Portugal, com destaque para a Espanha, a Itália, Marrocos e Rússia.  Essas ajudas solidárias são, naturalmente, benvindas.
No entanto, o problema não se resolve com as ajudas internacionais, mas tem que ser resolvido internamente e de forma definitiva. Todos os anos o assunto é discutido, mas cada ano se agrava a situação. Porque será? Incapacidade dos políticos? Interesses obscuros? De tudo um pouco, como convém nestes negócios de muitos milhões.

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