terça-feira, 6 de setembro de 2016

A guerra da Síria está sem solução à vista

A recente reunião do G20 na cidade chinesa de Hangzhou, proporcionou um encontro entre Barack Obama e Vladimir Putin que durou mais tempo do que o previsto. Entre os assuntos abordados durante mais de uma hora estiveram a situação na Ucrânia e, sobretudo, a guerra na Síria que, desde 2011, provocou mais 290 mil mortes e obrigou milhões de pessoas a fugir do país. Alguns jornais, caso do Financial Times, destacaram este encontro publicando a fotografia dos dois líderes face to face em Hangzhou.
Este tipo de encontros entre políticos que já se conhecem há muito tempo poderia abrir o caminho para bons resultados, mas segundo foi divulgado pelas agências noticiosas, o encontro mostrou que ainda não é possível obter um cessar-fogo, pois o principal ponto de discórdia continua a ser o futuro de Bashar al-Assad, um aliado histórico da Rússia que o vê como parte da solução para o conflito, enquanto os Estados Unidos o consideram uma parte do problema por se tratar de um líder autoritário, na linha do que foram Sadam Hussein e Muammar Kadafi. Porém, esse é apenas o ponto de partida da discórdia, porque há muitos mais. Os Estados Unidos já se meteram demasiado no conflito e a opinião pública americana não está a gostar disso, o que tem levado Donald Trump a acusar Obama e Clinton de serem os pais do Estado Islâmico. Devagar, devagarinho, a Rússia e o seu aliado Irão, estão a marcar pontos nesta disputa, em que os interesses dos aliados e dos adversários regionais de Bashar al-Assad são importantes. A Europa mostra-se incapaz de receber refugiados e parece assustada com a Turquia. A luta comum contra o Estado Islâmico e a Frente Nusra que a todos devia unir, parece ser uma questão secundária. Finalmente, o dramático sofrimento do povo sírio e da nação curda parecem não comover esta gente.
Obama e Putin encalharam. Desapontaram-nos. As negociações são difíceis, mas esperemos que sejam John Kerry e Sergei Lavrov a desencalhar uma solução apesar da enorme complexidade do problema. Repetimos o aqui escrevemos no dia 27 de Agosto: entendam-se!

2 comentários:

  1. Bandidos! Assassinos! Mais dos que andam aos tiros no terreno, os OUTROS!

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  2. Acho inacreditável e inadmissível que comunidade internacional não consiga acabar com esta tragédia. Já basta de hipocrisia!!!

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