sábado, 3 de setembro de 2016

A Índia celebra Madre Teresa de Calcutá

Amanhã o Vaticano vai canonizar a beata Madre Teresa de Calcutá e a grande Índia, que é um país maioritariamente hindu e onde a religião católica não terá sequer 2% de seguidores na sua população, não só teve sempre uma grande admiração por esta religiosa católica, como se mostra emocionada e orgulhosa com a sua santificação, o que é reflectido por toda a imprensa indiana. A capa da revista Outlook de Nova Delhi é apenas um exemplo da homenagem que a Índia está a prestar a Madre Teresa, que se naturalizou indiana e que a Índia tomou como um dos seus símbolos. O caso justifica a nossa admiração, até porque a Índia tem mostrado alguma intolerância religiosa relativamente a muçulmanos e católicos.
Nascida em 1910 numa família albanesa em Skopje na actual República da Macedónia, a jovem Agnes Gonxha Bojaxhiu entrou aos 18 anos na irlandesa Ordem das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto em Dublin, onde tomou o nome de Teresa. Em 1929 foi enviada depois para Calcutá e aí ensinou durante alguns anos numa escola para raparigas de famílias abastadas, antes de se entregar ao serviço dos mais pobres. No início de 1948, instalou-se num bairro de lata de Calcutá com essa determinação de ajuda, mas algumas das suas antigas alunas juntaram-se à sua antiga professora, tornando-se com ela nas primeiras Missionárias da Caridade.
De aspecto muito frágil e envolta num sari branco com três riscas azuis, Madre Teresa tornou-se num símbolo da ajuda aos “mais pobres dos pobres”, aos quais dedicou a vida, o que veio a ser reconhecido em 1979 com a atribuição do prémio Nobel da Paz.
Madre Teresa morreu em 1997 com 87 anos de idade, mas as suas Missionárias da Caridade tornaram-se um símbolo do apoio aos que sofrem com a miséria, a fome e a doença, sobretudo os leprosos e os moribundos. Hoje são cerca de cinco mil a intervir um pouco por todo o mundo. 

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